A MISSA CATÓLICA

A missa é a celebração dominical comunitária do mistério pascal.

Ela é fundamentalmente, uma memória do evento em que Cristo passou do estado de fraqueza e de moléstia na carne ao estado de glória, no qual o Pai o institui Senhor da história e do universo e "espírito vivificante" para toda homem.

A Santa Missa Católica tem cinco partes bem definidas, por assim dizer:

RITOS INICIAIS

Inicia-se com a saudação trinitária dita pelo sacerdote, a quem se junta a assembléia; pela mútua confissão comunitária; pela "imploração" da divina misericórdia com o canto do "Kyrie"( Ato Penitencial), alternado entre o celebrante e os fiéis; e o hino de louvor do Glória, dito ou cantado pelo celebrante juntamente com os fiéis e a oração do dia.

LITURGIA DA PALAVRA

É composta pela primeira Leitura, Salmo de Resposta, escandido entre leitor e comunidade, segunda Leitura nos dias de Domingo e festivos, o canto do Aleluia, que precede o Evangelho, extraído de um dos quatro evangelistas segundo o ciclo anual; a esta segue a "homilia", reflexão aprofundada da Palavra proclamada. A profissão de fé que é o Credo, recitado pela assembléia juntamente com o sacerdote, a que se segue "a oração dos fiéis", intercessão pelas necessidades universais.

LITURGIA EUCARÍSTICA

Aqui dar início a etapa estritamente sacramental da celebração: a atenção litúrgica desloca-se do ambão, da mesa da Palavra, para o altar por meio do ofertório “apresentação da ofertas”, ou seja, a oferta do pão e do vinho com a segunda oração presidencial, a oração sobre as oferendas; segue-se a "oração eucarística", que é recitada somente pelo celebrante. Terminado o prefácio, o celebrante convoca toda a assembléia ao tríplice louvor do Santo para se recolher em seguida na palavra-memorial ou epiclese consecratória sob intercessão do Espírito Santo, segue-se a grande oração das intercessões, união da Igreja itinerante com a Igreja gloriosa, agradecimento e intercessão ao mesmo tempo. Encerra-se com a oração do “Por Cristo...”, sendo este o único e verdadeiro ofertório da Missa, o Cristo que se oferece ao Pai por toda humanidade, ao final diz ou se canta o grande Amém.

RITOS DE COMUNHÃO

É composta da oração comunitária do Pai Nosso, ligação entre a consagração e a consumação do banquete; em seguida vem a doxologia-aclamação da assembléia, o a troca da paz, a fração do pão com a invocação do Cordeiro de Deus, a comunhão Eucarística, sinal do banquete no Reino; terminam os ritos com a terceira oração presidencial, expressão de reconhecimento e súplica de eficácia do mistério celebrado.

RITOS FINAIS

(Não faz parte da Liturgia, mas em muitas das comunidades tem o seu lugar nesse momento os avisos do celebrante à comunidade) , além da saudação derradeira, do "a missa terminou, ide em paz" e da bênção, além de música final.

Arlison Santos

A Eucaristia e a Cruz.

O sacrifício Eucarístico não é uma repetição do Sacrifício do Salvador na Cruz, mas é uma oferta do Corpo e Sangue sacrificado uma vez oferecido pelo nosso Redentor na Cruz, por Ele Que “é sempre comido, mas nunca consumido.” O sacrifício do Gólgota e o sacrifício da Eucaristia são inseparáveis, compreendendo um único sacrifício; mas ao mesmo tempo devem ser distinguidos um do outro. Eles são inseparáveis; eles são uma e a mesma árvore doadora de graça e vida plantada por Deus no Gólgota, mas preenchendo com seus ramos místicos toda Igreja de Deus, e até o fim dos tempos nutrindo por seus frutos salvíficos todos aqueles que buscam a vida eterna. Mas eles têm também que ser distinguidos: o sacrifício oferecido na Eucaristia é chamado “sem sangue” e “sem paixão,” já que é realizado após a Ressurreição do Salvador, que “... havendo Jesus Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre: a morte não mais terá domínio sobre Ele” (Ro 6:9). É oferecido sem sofrimento, sem derramamento de sangue, sem morte, apesar de ser realizado em lembrança do sofrimento e morte do Divino Cordeiro.